terça-feira, 11 de outubro de 2011

Pela fresta da Janela

terça-feira, 11 de outubro de 2011


Hoje é um daqueles dias em que parece que nada é real. Como se eu ainda estivesse dormindo, como se nada se encaixasse em seu devido lugar.
Sinto vontade de gritar o mais alto que possa, mas minha voz não sai. Pisando em falso pelos cômodos frios da casa, me obrigo a permanecer intacta, inerte. Meus pensamentos viajam por mim. Para lugares onde nunca estive e talvez nunca estarei.
Do meu quarto vejo a fresta da janela iluminar meu redor parcialmente e esconder meu rosto triste e melancólico que não quer ser visto. Não hoje, não assim. Esta não sou eu. Não me reconheço, então não quero que olhem pra mim em busca de rastros de quem um dia fui, ou pensava ser.
Algo se perdeu, sumiu de repente. E então tudo se acabou. Como se nunca tivesse siquer acontecido ou existido como havia acreditado tão cegamente outrora. 
Não consigo suportar a ideia de que nunca irei te ver. De que não poderei te tocar, sentir seu perfume e te dizer pessoalmente o quanto me dói no peito esse sentimento explosivo e letal.
E o dia continua morno, insosso. Nada que eu tente colocar na boca tem sabor. 
Não sei lidar com perdas. E a ultima que poderia esperar foi a sua.
Mas é como dizem, se perdi é porque nunca me pertenceu.

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Momento Reflexão

Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente
A gente muda o mundo na mudança da mente
E quando a mente muda a gente anda pra frente
E quando a gente manda ninguém manda na gente

Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura
Na mudança de postura a gente fica mais seguro
Na mudança do presente a gente molda o futuro

(Gabriel Pensador/Até Quando)
 
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