sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O inexplicável da vida

sexta-feira, 16 de setembro de 2011
E quando as palavras se tornam obsoletas e já não conseguem mais traduzir os sentimentos? 
Saem com anseios, primazia, intensidade e ainda assim não te expressam.
E quando o tempo parece infinito e os minutos são como horas, as horas como dias e os dias como meses intermináveis?
A vida corre, o mundo gira, pessoas nascem e morrem e ainda assim você não consegue ver o tempo passar.
Por incrível que pareça, isso ainda é um paradoxo, pois mesmo cada instante eterno, em um piscar de olhos você vê passar.
E quando ao se olhar no espelho você sente lhe perseguir o olhar de um estranho?
Aqueles olhos estão diferentes dos que vira no dia anterior.
E quando você finalmente repara as estrelas que reluzem o céu com uma admiração em demasia? Aquelas que sempre estiveram ali por noites a fio, e que você outrora ignorava sua existência.
E quando sua mente viaja para locais distantes, fugindo da realidade, se tornando quase inóspita? Um lugar estranho, um mundo incomum.
O que você faz? Como lutar contra si mesmo? Contra os anseios e pensamentos que tramam um cerco sem chances para fuga.
E como lutar contra o mundo? Vistas controversas, disciplentes.
E quando você sente que o mundo não te enxerga, apenas te vê?
Meros observadores com suposições sobre uma história da qual, você é o protagonista.
Reações contrárias são irrelevantes. Não têm tanto ou nenhum efeito sobre você quanto se entregar. Viver é se deixar levar pelo inexplicável.
O mundo não precisa me entender mais do que eu mesma. 
Não lutar contra o que se sente é vencer o vencedor.
É longíncuo o caminho em que existe o medo de chegar.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Lá no Maanaim!

terça-feira, 13 de setembro de 2011
O mundo gira e nos transporta por lugares desconhecidos com pessoas diferentes e momentos inusitados. 
Lá estava eu, vivendo um desses momentos num lugar, até então, desconhecido com pessoas diversas que passavam a fazer parte dessa fase em minha vida. 
Pessoas com quem dividi anseios e promessas de uma vida melhor. Que por sua vez, também compartilhavam aqueles momentos unicos comigo. 
O desafio de construir novas amizades e apoiar sua total confiança no próximo... No novo... Em pessoas que se acaba de conhecer e que bem como você, têm uma história de vida lá fora, nos mantinha ainda mais unidos.
Vencemos e perdemos juntos.
As lágrimas de alegria... As mãos estendidas em direção de um novo caminho. E nas pequenas coisas a gente descobre juntos, em comunhão, em família, o que realmente é importante em nossas vidas. Assim, cultivamos as verdadeiras amizades.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Bandaid

segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Ah, como sinto saudades da minha infância. Hoje principalmente e ainda mais que o normal.
Mas não é saudade das brincadeiras, das gargalhadas e travessuras... É saudade das quedas do balanço, dos tropeços na corda de pular, dos escorregões no péga-pega. Nossa, como sinto saudades disso! E não digo irônicamente. Realmente hoje é tamanha a saudade que sinto dos joelhos e cotovelos ralados, pernas arranhadas e até do nariz quebrado. 
Antigamente era tudo tão simples. Eu caía, chorava, minha mãe dizia que ía passar, me abraçava e passava merthiolate no machucado. Minutos depois, lá estava eu correndo frenéticamente às gargalhadas, como se nada tivesse acontecido. 
Mas hoje... (suspiro). Hoje a dor invade. Não os braços, pernas ou cotovelos... Não meu corpo, mas meus pensamentos, meu coração, minha alma.
Essa dor incontrolavel é minha sina. Algo que já não consigo mais controlar.
E é a dor mais doída que pensei poder sentir. Merthiolate, não resolve e o abraço da minha mãe já não consegue aliviar com seus confortáveis abraços e não tem mais quem me diga: "Vai passar".
Queria que existice um bandaid para isso. Um que me curasse o coração de uma vez por todas, porque a vida já deixou feridas demais nele. Cicatrizes que não se apagam, apenas são meramente esquecidas em determinado momento para depois serem substituídas por outras maiores e mais doloridas. 
Hoje sinto saudades dos joelhos ralados da minha infância, bem como ainda não consigo evitar sentir aquela mesma saudade que sempre senti, lembra? (clique aqui para recordar)

 "Sinto saudades de uma tarde ensolarada de verão que eu nunca vivi. Cuja brisa leve e mansa do vento a balançar meus cabelos e embalar meus pensamentos, manifesta em mim um sentimento de felicidade sem explicação.
Saudades de momentos que eu nunca vivi, ao lado de pessoas que eu nunca conheci... De alguém que eu ainda não conheci. Esse alguém c
ujo sorriso as vezes parece pairar sobre a minha mente... Um sorriso torto e largo, de radiantes dentes, dentre lábios finos e entreabertos numa expressão de afeto e segurança. Traçando em seu rosto um contorno de equilibrio perfeito com o contraste de seus olhos, cuja cor eu desconheço... Cujo dono eu desconheço =/

E apesar de não conhecê-lo ainda , um dia eu lhe direi que existo e que me sinto feliz em saber que ele também existe *-* . Mas, enquanto esse dia não chega, me pego constantemente sentindo saudades dessa época em que eu não estive, e que me traz recordações as quais nunca vivi. (03 de abril de 2009, 2° postagem do Navego)"
Sinto que sempre sentirei essa mesma saudade inexplicavel, esse mesmo sentimento de falta e vazio. E sei que será assim até que se cure essa dor, esse machucado. Quando você virá me curar? Vai passar?

Quem sou eu?

Eu queria voltar a me sentir tão inspirada a manifestar meus sentimentos em palavras, como estava habituada. A ponto de não me ver como agora, descartando frases em textos que outrora com facilidade me vinham a mente em cada vão momento sem me pedir permissão, sem perguntas ou "porquês". Apenas falando por mim.
Hoje percebi o quanto estou enferrujada. O quanto o tempo me roubou em anseios, vontades que me moviam. Moviam-me as pernas, braços e mente em busca de colocar para fora toda a inspiração que se manifestava de forma tão intensa e voraz dia após dia dentro de mim.
Me lembro de sentir saudades de atualizar meu blog, de me cobrar isso, mesmo que em um processo lento. Não apenas pela atualização que me esperou por quase um ano, mas principalmente pela necessidade de escrever  novamente. De colocar para fora meus devaneios loucos que estou a muito obrigando a manter apenas em meu íntimo. Escondidos, sufocados.
Hoje me sentei diante do note, entrei no painel de controle do blog e bem como tantas outras vezes que tentei encontrar algo para dizer, nada fiz a não ser, digitar e apagar.
"O que seria melhor a dizer depois de tanto tempo? O que realmente quero dizer?" Foi o que me perguntei. A resposta foi meu silêncio que me pareceu gritar dentro de mim. Reli antigos rascunhos que fizeram perguntar-me o que me impediu de posta-los aqui. Mais uma vez o silêncio incômodo aqui dentro me tomou como num instante infinito de reflexão.
A vida está passando, o tempo se acabando. Tudo segue seu curso como naturalmente há de ser. Mas eu olho no espelho e as vezes sinto como se não me reconhecesse mais.Quem sou eu?

Páginas

Momento Reflexão

Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente
A gente muda o mundo na mudança da mente
E quando a mente muda a gente anda pra frente
E quando a gente manda ninguém manda na gente

Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura
Na mudança de postura a gente fica mais seguro
Na mudança do presente a gente molda o futuro

(Gabriel Pensador/Até Quando)
 
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