Mas não é saudade das brincadeiras, das gargalhadas e travessuras... É saudade das quedas do balanço, dos tropeços na corda de pular, dos escorregões no péga-pega. Nossa, como sinto saudades disso! E não digo irônicamente. Realmente hoje é tamanha a saudade que sinto dos joelhos e cotovelos ralados, pernas arranhadas e até do nariz quebrado.
Antigamente era tudo tão simples. Eu caía, chorava, minha mãe dizia que ía passar, me abraçava e passava merthiolate no machucado. Minutos depois, lá estava eu correndo frenéticamente às gargalhadas, como se nada tivesse acontecido.
Mas hoje... (suspiro). Hoje a dor invade. Não os braços, pernas ou cotovelos... Não meu corpo, mas meus pensamentos, meu coração, minha alma.
Essa dor incontrolavel é minha sina. Algo que já não consigo mais controlar.
E é a dor mais doída que pensei poder sentir. Merthiolate, não resolve e o abraço da minha mãe já não consegue aliviar com seus confortáveis abraços e não tem mais quem me diga: "Vai passar".
Queria que existice um bandaid para isso. Um que me curasse o coração de uma vez por todas, porque a vida já deixou feridas demais nele. Cicatrizes que não se apagam, apenas são meramente esquecidas em determinado momento para depois serem substituídas por outras maiores e mais doloridas.
Hoje sinto saudades dos joelhos ralados da minha infância, bem como ainda não consigo evitar sentir aquela mesma saudade que sempre senti, lembra? (clique aqui para recordar)
"Sinto saudades de uma tarde ensolarada de verão que eu nunca vivi. Cuja brisa leve e mansa do vento a balançar meus cabelos e embalar meus pensamentos, manifesta em mim um sentimento de felicidade sem explicação.
Saudades de momentos que eu nunca vivi, ao lado de pessoas que eu nunca conheci... De alguém que eu ainda não conheci. Esse alguém cujo sorriso as vezes parece pairar sobre a minha mente... Um sorriso torto e largo, de radiantes dentes, dentre lábios finos e entreabertos numa expressão de afeto e segurança. Traçando em seu rosto um contorno de equilibrio perfeito com o contraste de seus olhos, cuja cor eu desconheço... Cujo dono eu desconheço =/
E apesar de não conhecê-lo ainda , um dia eu lhe direi que existo e que me sinto feliz em saber que ele também existe *-* . Mas, enquanto esse dia não chega, me pego constantemente sentindo saudades dessa época em que eu não estive, e que me traz recordações as quais nunca vivi. (03 de abril de 2009, 2° postagem do Navego)"
Sinto que sempre sentirei essa mesma saudade inexplicavel, esse mesmo sentimento de falta e vazio. E sei que será assim até que se cure essa dor, esse machucado. Quando você virá me curar? Vai passar?
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